quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Algumas pessoas blogam, outras twittam.

Nunca fui de muitas palavras. Quando me apresentam a alguém, geralmente é complicado para mim puxar assunto, falar sobre qualquer coisa. Demoro a me enturmar, sou uma pessoa de poucos (mas bons) amigos.
É claro que quando existe uma afinidade, geralmente o assunto flui com mais facilidade. Música, tecnologia, cinema... Mas ainda me sinto estranho quando certos gostos compartilhados me expõe demais.
Por tudo isso, sempre fui uma pessoa Twitter, no mundo real. Sempre respondi mais do que perguntei, sempre limitado a 140 caracteres (ou 140 segundos de conversa fluída). Uma vez, num ônibus vindo de BH, sentou-se ao meu lado uma mulher grávida. Em minutos eu já sabia de onde ela era, pra onde ia, onde o marido estava, de quantos meses era a gravidez, que ela viajava com frequência de avião, onde o marido trabalhava, quando começaram a namorar, como se casaram. De mim ela soube muito menos. Foi o embate de um post com um twit.

Às vezes também, pergunto algo a alguém esperando um "sim" ou um "não". A resposta vem em formato de postagem de blog, ilustrada, com vídeo. Às vezes até música. Perco a paciência.
Mas o errado sou eu. Eu é que falo pouco demais. Ou melhor, errado são os dois tipos. Eles também falam demais. Acho que o equilíbrio na vida real é twittar quando preciso e blogar quando preciso.

E navegar, quando preciso.

 

Posted via email from Fellippe's posterous

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