E lá estávamos nós, em plena Cidade Maravilhosa, rodando em volta do Maracanã pra descobrir onde acabava a fila pra entrar no portão 19, acesso pro setor que compramos. Depois de acharmos o fim da fila, achamos também a France, gente fina que foi pro show e deixou marido e filhas em casa (porque ele não curte e elas são novinhas demais). Ficamos uma hora por ali e finalmente a fila começou a andar. Andava. Parava. Corria um pouquinho. Parava. Até que andou, curvou, voltou e finalmente a gente entrou.
Na hora que achamos os lugares onde ficamos, ficamos de boca aberta com o tamanho do palco. É gigantesco e tem dois "M" gigantes também nas duas laterais. Ficamos muito satisfeitos de estar tão perto (nem foi tão perto, mas muito mais do que pensávamos que seria). Como ainda tava de dia, ficamos ali sentadinhos esperando a hora do show. O dj tocou suas musiquinhas e nós ali, sentadinhos, usando as capas de chuva de sacola plástica que compramos por R$ 5 reais do lado de fora. O guarda-chuva tinha sido confiscado na entrada, mas já não tinha mais problema.
Eu achei que ia demorar pra caramba pra começar o show. Primeiro por que pelo que li sobre a turnê, todos os shows atrasam muito. Segundo porque estamos no horário de verão, então não faria sentido que começasse às 8 horas (como previsto) se ainda tivesse claro. Mas eu me enganei, e às 8 já tava escuro suficiente pra ser noite. Aí eu fiquei ansioso, comendo unha, me mexendo na cadeira, esperando a hora de começar, que não chegava nunca. Uns caras tiraram a lona que cobria parte do palco e o estádio todo "UAHHHHHHHHHHHHHHHHH". Daí veio um cara secar o palco e o estádio todo "UAHHHHHHHHHHHHHHHHH". Passava o helicóptero da Globo e o estádio todo "UAHHHHHHHHHHHHHHHHH". E o estádio todo fazia "ÔOOOOLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA". E algumas luzes se apagaram e meu coração bateu mais forte, por que eu sabia que tudo ia se apagar antes de tudo se reacender pro show começar. E de repente tudo ficou escuro, num susto só, e eu gritei "UHUUUUUUUUUUUUUUUU!" e de repente entramos numa máquina do tempo que transformou 2 horas perto da Rainha do Pop em uns 10 minutos pra mim.
