quinta-feira, 20 de abril de 2006

De repente

De repente (eu sei, leitor... começar com um "de repente" é dureza, mas eu quero que você entenda quão de repente aconteceu) ela entrou correndo no salão e, esbaforida como não podia estar, berrou:
- Água!!!
Os olhares todos se voltaram. A música parou. Um corredor humano se abriu, revelando, na extremidade oposta à dela, o rosto perplexo do governador.
- Como assim, mulher? - gritou ele (era um salão descomunal).
- Muita!!! - disse ela, tremendo ainda mais agora - Onda!!!
O burburinho com muitos "Ela surtou!" e "Dessa que ela bebeu eu não achei ainda nessa festa" começou a aumentar tanto, que logo não mais se pode ouvir as palavras. Na verdade as próprias palavras tinham parado e agora os olhares perplexos eram unânimes. Depois disso, só um grito:
- TSUNAAAA...